Qual a diferença entre o termo agir e o termo fazer?
11/10/2008 11:24:00 da tarde | Author: Brochado
Para distinguirmos o agir do fazer temos de ter vários aspectos e situações em conta, na medida em que estes podem e são condicionantes para se atribuir os diferentes sentidos que estes adquirem. Quando começa a chover, se estivermos na rua, com certeza iremos ficar molhados e constipados; consequentemente iremos espirrar mesmo que não o queiramos, esta atitude designa-se por fazer e não por agir, isto porque, é uma reacção fisiológica e também não depende de uma decisão voluntária.
Estando a chover, se estivermos um guarda chuva ou um coberto para nos abrigarmos, abrimos o guarda chuva ou deslocamo-nos para o coberto, logo esta atitude pode ser designada por agir, porque dependeu de uma decisão consciente e voluntária da pessoa, teve uma intenção/propósito e teve um motivo/razão. Podemos então dizer que o termo agir está condicionado pelos factores que designam os comportamentos intencionais, conscientes e voluntários, enquanto que o termo fazer tem um sentido mais amplo do que o termo agir, englobando o que os animais fazem, os movimentos que fazemos a dormir e as reacções fisiológicas e psicológicas.

Ao aplicarmos estes conceitos, poderemos em qualquer situação, saber qual destes termos está presente e qual o seu sentido. No âmbito da acção existe uma rede conceptual que nos permite identificar e interligar os seus elementos constituintes. O agente é aquele que pratica a acção, fazendo-o com uma certa intenção e devido a um certo motivo. A dada altura o agente tem a percepção de si mesmo como autor da acção tendo a capacidade de escolha consoante a sua vontade. No momento desta escolha, o agente irá deliberar, ponderando entre as várias possibilidades e irá decidir, escolhendo uma dessas.
As decisões do agente não são puramente racionais, pois estas têm condicionantes emocionais, físicas, psicológicas e também influências culturais e sociais. Assim o agente confere um fim à acção de uma forma consciente e voluntária, não podendo esta ser confundida com o fazer involuntário e por vezes, de carácter obrigatório.
(by Ana Brochado)
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5 Deixa-nos a tua Philosophia...:

On 16 de novembro de 2008 às 19:33 , Anónimo disse...

Olá!

Em primeiro lugar quero dar os parabéns por esta iniciativa! Parece-me muito bem e bastante interessante!Continuem...
Em jeito de resposta deixo-vos aqui uma pequena história para reflectirem, espero que gostem...

"Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou no remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

O barqueiro disse ao viajante:
- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.
Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré."

Um beijo especial à Ana Brochado e uma abraço às outras meninas.

Rosemary

 
On 18 de novembro de 2008 às 09:33 , Anónimo disse...

Olá!

Não poderia deixar de vos dar os parabéns pela vossa iniciativa...
Muito interessante!

Termino com uma frase de Ghustav Thibon: "O mistério não é um muro onde a inteligência esbarra, mas um oceano onde ela mergulha."

Continuem...

Um beijinho muito especial para a Ana Brochado e mais beijinhos para as amigas,

Ana PF

 
On 19 de novembro de 2008 às 15:08 , Anónimo disse...

Gosto de ver a familia empenhada nas nossas iniciativas. E' sempre bom sabermos que temos o apoio de quem gostamos

: )


Obrigada às duas!


Beijos

 
On 19 de novembro de 2008 às 21:54 , Anónimo disse...

Olá Brochado!

Antes de comentar o teu trabalho, devo dizer-te que adivinhaste a questão do teste ao tratá-la (elaborá-la) antecipadamente. E, claro, fizeste-o com o rigor a que já me habituaste. Portanto, pequena "grande" aprendiz de filosofia, prepara-te que vou exigir mais trabalhos com a mesma qualidade deste. Fizeste uma perfeita relação entre os diferentes conceitos que constituem a rede conceptual da acção. Parabéns.

P

 
On 25 de novembro de 2008 às 21:24 , Anónimo disse...

Parabens!! É bom saber que ainda ha pessoas que escrevem algo de útil neste mundo :).
Mas...
So faltava isto!!! uma filosofa na familia ;).

“Vale a pena a tentativa e não o receio
Vale a pena confiar e nunca ter medo
Vale a pena encarar e não fugir da realidade
Ainda que se fracasse, vale a pena lutar
Vale a pena discordar do melhor amigo e não apoiá-lo em suas atitudes erradas
Vale a pena corrigi-lo
Vale a pena encarar o espelho e ver se estamos certos ou errados
Vale a pena procurar ser o melhor e aí...
Vale a pena ser o que for
Enfim
Vale a pena viver a vida, já que a vida não é tudo que ela pode nos dar
Mas sim tudo o que podemos dar por ela.”

Para terminar gostaria de mandar abraços e beijos para todos os professores da E.S. da Lixa, penso que alguns deles ainda vos "massacra" a vossa vida estudantil ;). Cumprimentos de um ex-aluno que viveu bons momentos nesta escola e a qual contribuiu para aquilo que sei hoje.

Um beijo especial à Ana Brochado e também para o restante grupo que contribui para que este blog exista, continuem com este excelente trabalho.

José & Catarina